“Não há como as grandezas machas de um homem instruído nas artes da cozinha!
Malandro... O molho desandou...
O creme coalhou, o bolo solou, o peixe salgou...
A carne secou, o arroz queimou, o feijão azedou, a sopa esfriou...
Querem uma resposta?
Só tenho perguntas...
Não é disso que se trata a vida, fazer do limão, limonada?
Transformar a escassez da xepa siberiana num banquete de csar?
Fazer do pouco, bastante?
Diante do dilema, o que vale mais: uma cartilha de princípios inscrita no gelo?
Ou um mísero coração quente?
De que vale ter convicções e valores, se seus valores estão ultrapassados e suas convicções não convencem mais?
Mais vale 1 minuto e 57 segundos de amor ou 24 horas de carinho?
Para que serve uma capa de marra se não esconde toda a insegurança, fragilidade e destrambelho emocional?
O que é pior: homem machista ou homem feminista?
O que faz de um sujeito, homem?
Hein?
Pipa ou pinça?
Moela ou camarão?
Querer ensinar ou querer aprender?
Ganhar ou saber perder?
E a pergunta de um milhão e meio:
Ir quatro vezes ao paredão... E voltar?
Ou só uma... E vazar?
E é este o resultado do paredão:
Vem ser lindão aqui fora, Roni.”