É guerra?

Ontem conversando sobre o BBB com uma amiga, percebi o quão frágil é a linha que separa o telespctador do torcedor. Aliás, pode-se ser espectador de um jogo e não torcer por alguém? Nem que seja contra alguém?

Então que minha amiga gosta da Lia e do Cadu e torce para que um deles ganhe o prêmio. Eu fiquei sem ação, não por saber que a Lia tem torcedores (apesar de que eu ainda me espanto com isso), mas por ouvir argumentos bastante coerentes na sua motivação e na sua torcida. Eu não preciso concordar com uma pessoa para achar seus argumentos coerentes.

Pois bem, ela me disse que o BBB é como uma guerra. De um lado estão os vencedores, do outro os derrotados. Os vencedores, são aqueles que promovem mais "baixas" no campo adversário. Para isso é necessário que se tenha um grande general, firme e frio, para comandar as investidas. O general, por colocar-se em posição de destaque e contrariar a muitos, necessita de um bom diplomata ou relações públicas, que tem a função de amenizar o impacto de suas investidas e minar um contra ataque.

A estratégia do general pode ser a mais variada. Uma delas seria selecionar o oponente, coordenar seus soldados e mover suas forças para investir contra esse oponente, É necessário manter o comando e esconder sua estratégia até que seja tarde demais para que seu oponente reaja. Manter um plano simples e repetí-lo a exaustão, saber a hora certa de atacar e manter a postura mesmo em caso de derrota. Você consegue visualizar isso no BBB?

Eu consegui. E percebi mais uma vez que estamos observando um jogo em que um dos lados tem uma estratégia definida e um general forte, enquanto o outro lado monta suas estratégias ás vésperas da batalha e utilizando pedaços de laranja. Não, eu não vou torcer por Lia e seus soldados. Mas compreendi o porquê de minha amiga torcer por ela.

Então, vou deixar um recado para minha amiga e para todos que torcem pela Lia. Amiga, olhe nos meus olhos. Olha... pra... mim! Eu não consigo gostar da Lia! Não dá! Por isso mais uma vez, reafirmo minha posição nessa guerra: Sou perseguidora da Lia!

E não me importo se a guerra está ganha ou se os seus "heróis" não são os mesmos que os meus. O jogo acaba e as amizades continuam. Enquanto isso eu vou acompanhando a "guerra", do meu jeito. Parafraseando o Almir Sater "Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe, Só levo a certeza de que muito pouco eu sei, ou Nada sei..."